A proposta para a redução da jornada de trabalho na escala 6x1 (seis dias trabalhados e um dia de folga) vem ganhando apoio significativo, com mais de 200 assinaturas de parlamentares e líderes sindicais interessados em revisar as condições de trabalho nessa modalidade.
A iniciativa busca reduzir a carga horária semanal, visando melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, promovendo mais tempo para o descanso e atividades pessoais. A demanda por mudança tem sido motivada pelo aumento de estudos que mostram os impactos negativos da exaustão física e mental decorrentes de escalas extensas, especialmente em setores que exigem trabalhos repetitivos ou de grande esforço físico.
Caso a proposta avance, poderá estabelecer uma redução na carga horária semanal, sem comprometer a remuneração atual. Além de promover o bem-estar, a expectativa é que essa mudança leve a um aumento na produtividade e a uma redução em índices de absenteísmo, acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. A iniciativa está sendo discutida amplamente nas comissões responsáveis, com perspectivas de seguir para votação no Congresso, dependendo do apoio que continue a angariar nos próximos meses.
A proposta para o fim da escala 6×1 é liderada pelo movimento Vida Além do Trabalho (VAT), iniciado por Rick Azevedo após ele compartilhar nas redes sociais sua experiência de exaustão com a jornada de trabalho. O movimento busca reformar a escala de seis dias de trabalho com apenas um dia de folga, reivindicando mais equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, e promovendo saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Entre as propostas, está a adoção de uma escala 4×3, onde os trabalhadores teriam quatro dias de trabalho e três de folga, uma ideia inspirada em projetos de sucesso internacional que buscam aumentar a produtividade sem aumentar a carga horária total de trabalho.
Além do VAT, outros movimentos com propostas similares surgiram, como o "Lazy Job" e o "Tang Ping", que defendem um ritmo de trabalho mais sustentável e menos exaustivo. Esses movimentos estão, em geral, focados na resistência a práticas de trabalho intensivas, buscando melhores condições de saúde mental e qualidade de vida.
No Brasil, o Ministro do Trabalho Luiz Marinho já manifestou apoio à discussão no Congresso sobre a revisão da escala 6×1, enfatizando a necessidade de um debate parlamentar para uma possível regulação da jornada de trabalho.